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Profissionais com deficiência contam experiências de trabalho

25 jul 2021

No sábado, 24 de julho, completou 30 anos da Lei de Cotas (nº 8213/91), que prevê a contratação de pessoas com deficiência de acordo com a quantidade de colaboradores e colaboradoras de uma empresa. Esta data é muito importante para o Assaí Atacadista porque a valorização da pessoa com deficiência é um dos principais pilares do Programa de Diversidade da companhia.

A cada loja inaugurada, é formado um time plural e que conta com colaboradores e colaboradoras com deficiência. Atualmente, são 2.655 pessoas com deficiência no time do Assaí a nível nacional, o que corresponde a 5.2%. Destes, 18,8% possuem deficiência visual e 38,3% física.

Dentre eles, estão Hegton Silva, 44 anos, Chefe de Açougue de uma das lojas da Cidade Baixa, em Salvador, e Edilton Santos, 32 anos, Empacotador em Vitória da Conquista.

Já em Feira de Santana, a empresas têm 17 colaboradores e colaboradores com deficiência. O dado corresponde a 6,2% do quadro da loja. Na cidade também há um centro de distribuição.

Nele, também contamos com 8 colaboradores e colaboradoras com deficiência, o que corresponde a 6,5% do quadro da unidade. Tanto nas lojas como no centro de distribuição, contamos com colaboradores/as com deficiência visual, auditiva e física – o que reforça o nosso pilar de inclusão. Diferenças abraçadas Há sete meses na empreendimento, Hegton afirma que a empresa é “muito aberta, com abordagens sempre positivas”.

Ele conta que desde a entrevista até agora, nunca foi tratado diferente do que deve ser. “Nunca me limitaram. As cobranças e os aplausos são iguais. No Assaí, as diferenças são abraçadas. O pessoal é bastante esclarecido”, destaca o profissional, que em 3 de outubro de 2020 sofreu um acidente de carro e teve que se readaptar.

“No início, tudo foi difícil. Meu fêmur se partiu em três pedaços. Fiquei seis meses internado e um ano tratando uma infecção. Depois que voltei a ir às ruas, como minha perna esquerda não é mais presa ao quadril, o que faz com que uma seja maior que a outra, eu me desequilibrava muito por não encontrar condições adequadas de mobilidade. Me chateava ao ser chamado de capenga, mas hoje, para mim, isso já não é problema. Todos nós precisamos nos reeducar, principalmente quem ainda insiste em reforçar estereótipos”, comenta Hegton.

Se colocar no lugar dos outros

Desde criança, Edilton Santos convive com visão monocular. Trabalhando há dois anos, no Assaí Atacadista, em Vitória da Conquista, ele conta que a cegueira no olho direito nunca prejudicou a boa relação com outras pessoas dentro ou fora do ambiente profissional, mas diz que “por motivo de desinformação, às vezes, algumas pessoas não compreendem algumas limitações”.

Estas são provocadas, por exemplo, pelo comprometimento da noção de profundidade e pela diminuição do campo visual periférico, o que faz com que ele tropece com certa frequência.

Sobre o fato do seu local de trabalho promover sensibilização do quadro de colaboradores e colaboradoras para eliminar preconceitos e estereótipos e possibilitando uma melhor convivência, Edilton acredita ser “importantíssima a forma de se preocupar e se pôr no lugar das pessoas, além de proporcionar para estas, oportunidades de demonstrar suas capacidades”.

Fonte: Folha do Estado (BA)