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MAIORES DO VAREJO ACELERAM EXPANSÃO E DIGITALIZAÇÃO NA PANDEMIA

24 ago 2021

Em um dos anos mais desafiadores da História, as principais empresas do varejo brasileiro mostraram resiliência, capacidade de inovação e aceleração das iniciativas digitais. Com isso, continuaram a crescer acima da média. A edição 2021 do ranking “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) revela que, em 2020, a pandemia não foi capaz de impedir a expansão das maiores empresas do setor. O crescimento das maiores varejistas no ano passado foi de 12,6%, quase o dobro dos 6% de crescimento nominal do varejo (segundo o IBGE).

 

Fruto de um profundo trabalho de pesquisa, coleta de dados e análise realizado pela SBVC com apoio técnico da BTR-Educação e Consultoria, Varese Retail, Centro de Estudo e Pesquisa do Varejo (CEPEV – USP) e Käfer Content Studio, a nova edição do Ranking mostra que as grandes e médias empresas abraçaram a transformação digital e souberam se reinventar diante da crise. “O varejo se mostrou capaz de continuar a crescer e abrir lojas, ao mesmo tempo em que se fortaleceu digitalmente e identificou novas oportunidades de relacionamento com os clientes. As 300 empresas que fazem parte do Ranking são 300 vencedoras, com incríveis histórias de superação e reinvenção”, analisa Eduardo Terra, Presidente da SBVC.

 

A edição 2021 do Ranking mostra que as 300 maiores empresas do varejo brasileiro tiveram no ano passado um faturamento bruto de R$ 795,219 bilhões. O Carrefour lidera a lista, com um faturamento bruto de R$ 74,749 bilhões. O spin off da rede Assaí formou a segunda maior varejista brasileira, enquanto o GPA Alimentar ficou na quinta posição. Com isso, o top 5 deste ano é formado por Carrefour, Assaí, Magazine Luiza, Via Varejo e GPA Alimentar. Essas cinco empresas somaram um faturamento de R$ 216,602 bilhões, 5,4% mais que na edição anterior e 27,24% do faturamento das 300 maiores.

 

“As maiores empresas do varejo brasileiro aceleraram sua jornada de transformação digital, conseguiram encontrar oportunidades de captura de valor e se fortaleceram em meio à crise”, afirma Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e vice-presidente da SBVC. “O aumento de 75% na penetração digital em 2020 fez com que o grande varejo se tornasse ainda mais produtivo e eficiente, agora incorporando o digital como uma prioridade estratégica”, acrescenta.

 

Um dado que mostra o nível de evolução da transformação digital do varejo durante a pandemia é o número de empresas do ranking que vendem online, que saltou de 54% para 70% em apenas 12 meses. O grande destaque ficou para os supermercados, em que, pela primeira vez, mais de 50% das empresas da lista está online. O número de redes do setor que passaram a contar com um canal digital mais que dobrou em 2020: 76 empresas contam com um e-commerce. Nos demais segmentos do Ranking, pelo menos 74% das empresas listadas têm operação online (na edição anterior eram 60%). “A transformação digital já havia entrado no mapa do setor antes mesmo da pandemia, mas a crise acelerou muito o processo. Outro ponto marcante desse processo é a presença de 99 empresas operando marketplaces próprios ou atuando em marketplaces de terceiros. Esse movimento acelera ainda mais a digitalização e deixará consequências muito positivas no longo prazo”, comenta Eduardo Terra.

 

Números relevantes:

Os principais destaques da edição 2021 do Ranking “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro” são os seguintes:

 

  • As 300 maiores empresas faturaram R$ 795,219 bilhões em 2020. Considerando as 195 empresas que divulgaram seus faturamentos brutos em 2019 e 2020, o crescimento anual foi de 6,03%, quase o dobro da expansão de 3,3% do Varejo Ampliado no ano passado (PMC-IBGE).

 

  • O Carrefour é a maior empresa de varejo do País, com um faturamento de R$ 74,749 bilhões, ou 9,4% das vendas das maiores.

 

  • As cinco maiores empresas de varejo responderam por 27,24% do faturamento total das empresas listadas no Ranking, somando R$ 216,602 bilhões, mas elas correspondem às quatro primeiras da edição 2020. Considerando as seis primeiras, o índice é de 30,37% das vendas totais das 300 maiores.

 

  • As dez maiores empresas de varejo responderam por 40,45% do faturamento total das empresas listadas no Ranking, somando R$ 321,646 bilhões.

 

  • No total, 145 empresas listadas no Ranking cresceram acima da média do varejo brasileiro e 44 tiveram desempenho negativo em 2020. As líderes do varejo conseguiram responder de forma positiva e impactante aos desafios trazidos pela pandemia e pelo isolamento social.

 

  • O crescimento absoluto de vendas do Carrefour, de R$ 12,5 bilhões, seria suficiente para colocar a empresa como a 11ª maior varejista do País.

 

  • A pandemia trouxe uma grande aceleração à digitalização do varejo. De 162 empresas no fim de 2019 para 210 (70% da lista) em 2020, com um grande destaque: os supermercados.

 

  • Pela primeira vez, mais de 50% dos supermercadistas entre os 300 maiores possuem um e-commerce. São 76 empresas (quase o dobro da edição anterior), comprovando a intensa aceleração digital do setor em meio à pandemia.

 

  • O desenvolvimento de marketplaces teve uma evolução ainda maior em 2020, impulsionando a aceleração das vendas online em todos os setores do varejo brasileiro. Esse é um fator importante na evolução do e-commerce e na transformação digital das empresas varejistas.

 

  • O setor com maior número de empresas no Ranking é o de Supermercados, com 145 representantes, dos quais três estão no top 10 do varejo.

 

  • O setor de Moda, Calçados e Artigos Esportivos, com 39 empresas, é o segundo com maior presença no Ranking, mas nenhuma está entre as 10 maiores do varejo. Esse foi o setor mais impactado pela pandemia: em 2020, eram 48 empresas entre as 300 maiores.

 

  • Dezoito das 300 empresas listadas possuem mais de mil lojas, assim como na edição anterior. Dessas empresas, sete estão entre as 10 maiores em faturamento.

 

  • O Grupo Boticário é a empresa com mais lojas no Brasil, seguida por McDonald’s, Cacau Show, Raia Drogasil e Ortobom. A tônica é a forte presença do sistema de franquias como modelo de expansão, proporcionando oportunidades para crescer com capital de investidores-empreendedores.

 

  • Das 50 empresas líderes em faturamento por loja, 49 são supermercadistas, lideradas por Andorinha, Higa e Formosa. Empresas com poucos pontos de venda e uma relevância enorme nos micromercados onde atuam.

 

  • Das 300 varejistas listadas, 42 são de capital aberto, 10 a mais que na edição anterior do Ranking. Esse grupo de empresas faturou R$ 374,001 bilhões (47,03% do total das 300 maiores). O setor de Moda, Calçados e Artigos Esportivos é o que tem mais empresas de capital aberto (13 empresas).

 

  • As 266 empresas listadas no Ranking deste ano e que têm números de lojas comparáveis entre 2019 e 2020 somam 62.732 pontos de venda, um avanço de 1,08%. Mesmo na pior pandemia dos últimos 100 anos, o varejo conseguiu encontrar caminhos para se expandir.

 

  • A empresa que mais aumentou sua base de lojas foi a Raia Drogasil, com 189 unidades. A varejista, que havia sido a terceira de maior expansão na edição anterior do Ranking, continua ágil em identificar e aproveitar oportunidades de mercado. Três redes de farmácias estão entre as 10 redes que mais abriram lojas em 2020.

 

  • Sete das 10 empresas que mais aumentaram suas vendas atuam no setor de Supermercados, movidas especialmente pela expansão das vendas durante a pandemia.

 

Fonte: SBVC