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Como criar ecossistemas de colaboração e valor entre as empresas

14 jul 2020
Esta colaboração corporativa e parcerias estratégicas são ferramentas primordiais para as empresas superarem o atual momento

A necessidade é a mãe da inovação. Esta frase, já conhecida, também se tornou presente no atual cenário de crise, por conta da Covid-19, e empresas de diferentes setores da economia estão mais próximas do que nunca para gerarem diferenciais competitivos e alcançarem novos clientes. Esta colaboração corporativa e parcerias estratégicas são ferramentas primordiais para as empresas superarem o atual momento. 

Desta forma, em mais um webinar exclusivo, a Consumidor Moderno abordou a mudança de mindset de grandes empresas para a construção desse ecossistema de valor e colaboração. A conversa contou com Belmiro Gomes, presidente do Assaí Atacadista, Paulo Caffarelli, presidente da Cielo, Jacques Meir, diretor-executivo do Grupo Padrão e Melissa Lulio, content designer do Grupo Padrão.

Criação de valor na colaboração com outras empresas

Gomes comentou que a colaboração com outras empresas foi uma ação acelerada pela pandemia. “Dentro do segmento atacadista, nós temos uma associação: Associação Brasileira dos Atacados de Autosserviço. Nós passamos a nos reunir, mesmo os concorrentes, uma vez por semana, e semanalmente com presidentes de grandes empresas de fornecimento, para criar um elo de colaboração, para manter o abastecimento e evitar aumento de preço”, comentou.

Para o presidente da Cielo a transformação digital permitiu atender uma necessidade do distanciamento social e desta forma foi criado o movimento Cielo Movimenta. “As empresas de pequeno porto não sabiam lidar com esta situação [pandemia]. Então, no primeiro momento, colocamos as pessoas que queriam vender com as pessoas que queriam adquirir determinados produtos”, comentou ao dizer que outros produtos digitais, como este, nunca foram utilizados pela comodidade das pessoas, através da máquina de cartão, e que houve um crescimento de 700% no uso de links para pagamento, entre vendedores e consumidores.

Relação com os pequenos empreendedores

O presidente do Assaí Atacadista descreveu ainda que o Brasil é composto majoritariamente por pequenos empreendedores, mas que  não existe um visão concreta de quem compõem toda esta cadeia e que eles sofrem com a complexidade da carga tributária. “Aqui no Assaí temos mais de 2 milhões de clientes PJs que tiveram vários impactos nesta pandemia. A gente buscou socorrer os mais impactados, que foram os de food service, seja nos produtos ou embalagens utilizadas.Mas temos um limite do que podemos fazer pela falta total de visibilidade dele [micro empreendedor]”, disse.

Caffarelli apontou também que a informalidade, principalmente entre os pequenos empresários, impossibilita o acesso ao crédito. Assim, ele comentou que a Cielo quer atuar junto ao governo para ser um agente que vai levar crédito. “Precisamos somar as nossas forças para ser um agente social.”

Marketplace na pandemia

Apesar de não utilizar a venda on-line, por atuar com a linha básica de alimentação, higiene, limpeza e uso para casa, Gomes vê valor no formato: “Olhando para o marketplace, ele permite um acesso como nunca. É previsto um crescimento muito forte para isso.”

Já Caffarelli entende que esta será uma tendência que veio para ficar. “A gente já observa no Brasil uma série de tendências para um marketplace completo e ele passa a ser um grande viabilizador logístico na prática”, concluiu.

Assista ao ví­deo na íntegra
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Fonte: Consumidor Moderno