O Assaí reportou resultados sólidos no primeiro trimestre, mas em linha com as expectativas, com o resultado financeiro mais elevado compensado por um impacto de imposto positivo, avalia a XP.
Em relatório, os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday destacam que a receita líquida cresceu 32% ante um ano, impulsionada pelo forte plano de expansão do Assaí (+50 conversões, + 9 lojas orgânicas nos últimos 12 meses) e vendas mesmas lojas de +7,2%, acima dos +5,7% do Atacadão pelo segundo trimestre consecutivo.
Analisando a rentabilidade, os profissionais ressaltam que a a margem bruta ficou estável ante um ano (+0,10 p.p) e acima dos 15,4% do Atacadão (-0,10 p.p), já que as margens mais altas das lojas convertidas compensaram uma decisão estratégica de melhorar a competitividade.
A margem Ebitda ajustada ficou em 6,3% (-0,3 p.p ante um ano e +0,2 p.p em relação às expectativas da XP), devido a despesas pré-operacionais com abertura de lojas e processo de maturação das lojas. “Isso se compara a -1,3 p.p ante um ano do Atacadão (para 5,6%)”, observam.
Por fim, o lucro líquido ficou em R$ 72 milhões, pressionado pelo aumento da alavancagem e das taxas de juros, mas beneficiado por um efeito fiscal positivo (R$ 83 milhões), enquanto a geração de caixa foi negativo em R$ 510 milhões devido a piores dinâmicas de capital de giro, principalmente com fornecedores (-R$ 1,1 bilhão).
A XP manteve a recomendação de compra para as ações da varejista, com preço-alvo de R$ 27,0, o que representa um potencial de valorização de 135,2% ante o fechamento da ação no pregão de ontem.
