Promovido pelo ‘Estadão’, prêmio analisou balanços de 2,8 mil companhias para definir as que tiveram os melhores resultados em 24 setores
O ‘Estadão’ entregou ontem o Prêmio Empresas Mais 2019, um reconhecimento às empresas com melhores resultados financeiros entre os anos de 2015 e 2018. Desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA) e a Austin Rating, o prêmio analisou os balanços de 2,8 mil companhias para definir as que tiveram os melhores resultados em cada segmento de atuação.
As grandes vencedoras do prêmio foram a Vale, na categoria grupos, e Assai Atacadista, na categoria empresa individual. Também foram premiadas empresas em 24 segmentos da economia, além de outras categorias, como inovação e governança corporativa (veja a lista completa ao lado).
“Esse é um reconhecimento para a equipe da Assai pelo trabalho diário”, disse Belmiro Gomes, presidente da rede de atacarejo, que também venceu na categoria varejo. Segundo o executivo, as pessoas erram ao associar a ascensão do atacarejo no Brasil à crise. “Esse é um modelo de muito sucesso nos Estados Unidos.”
A rede investiu nos últimos dois anos cerca de R$ 3 bilhões em expansão de lojas e planeja a contração de 5,2 mil pessoas em 2020. “Não vejo a crise como as pessoas falam. Neste clima de polarização política, as más notícias são divulgadas no megafone e as boas aos sussurros”, disse Gomes.
Já o diretor de finanças e relações com investidores da Vale, Luciano Siani, disse, em nota, que a companhia “agradece o reconhecimento, em meio à sua jornada para se transformar em uma empresa mais segura, sustentável e humana”.
Crédito. Vencedor na categoria bancos, ao lado do Itaú Unibanco, o presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, disse que o primeiro lugar na categoria é “a coroação do trabalho da equipe do Bradesco”. “E importante sermos reconhecidos por um veículo de comunicação com a história e a importância do Estadão.” Em relação à economiabrasileira, o executivo afirmou que já vê sinais animadores no crédito imobiliário e acredita que o volume de financiamentos tende a crescer de maneira mais forte a partir de 2020.
Para Christian Gebara, presidente da Telefônica Vivo, também premiada, o reconhecimento reforça o movimento estratégico da companhia, que cada vez mais se posiciona como uma empresa de infraestrutura. Ele ressaltou os pesados investimentos que a companhia tem feito no Brasil – neste ano, serão R$ 9 bilhões. “Não pautamos nossos investimentos pela agenda econômica”, disse.
À frente de um dos principais grupos de infraestrutura do País, João Alberto Abreu, presidente da Rumo, disse que a companhia está comprometida com a agenda do ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. “Temos um plano ambicioso de investimentos para expansão no setor.” Segundo ele, a premiação do Empresas Mais não só reconhece os resultados financeiros da Rumo, mas também fato de a companhia ter se transformado no maior grupo de ferrovias do País.
Debate econômico. O diretor-presidente do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto, disse que, após um período de forte crise, a economia brasileira começa dar sinais de recuperação. Ele lembrou, por exemplo, o anúncio de investimentos de R$ 67 bilhões no Estado de São Paulo no primeiro semestre, segundo melhor resultado da série histórica do indicador. “A política de ajuste fiscal está resgatando a confiança dos investidores no País.” Economista-chefe da consultoria Austin Rating, Alex Agostini classificou os empresários vencedores do prêmio Empresas Mais como “heróis”, lembrando que as companhias brasileiras acabaram de passar, em 2015 e 2016, pela pior crise desde a depressão econômica do início dos anos 1930. “O mercado de capitais passará a ser o motor do crescimento econômico do Brasil, como nas grandes economias globais.”
Fonte: http://gpa.empauta.com/e2/standard/noticia/mostra_facsimile.php?cod_pagina=1286296100&cod_noticia=1910161571200840010